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O Bicho

 BICHO DA SEDA

 

  O Bombyx mori L, denominado popularmente de bicho-da-seda, é originário do Bombyx mandarina(Theophila mandarina), apresentando características morfológicas semelhantes e capacidade de acasalamento. De acordo com a distribuição geográfica, o bicho-da-seda é identificado como de origem Japonesa, Chinesa, Europeia ou Indiana, e sua classificação filogenética é apresentada abaixo.

 

CLASSIFICAÇÃO FILOGENÉTICA DO BOMBYX MORI

  • REINO Animalia
  • FILO Arthropoda
  • CLASSE Insecta
  • SUPERORDEM Amphiesmenoptera
  • ORDEM Lepidoptera
  • SUBORDEM Glossata
  • SUPERFAMÍLIA Bombycoidea
  • FAMÍLIA Bombycidae
  • GÊNERO Bombyx
  • ESPÉCIE Bombyx mori 

 

CICLO DE VIDA

 O B. mori apresenta um ciclo de vida típico de Lepidoptera, com quatro estadios distintos: ovos, lagartas, pupa e adulto, e finalizando com a metamorfose, as lagartas passam por cinco estadios que é classificado em 1a, 2a, 3a,4a e 5a idade. O bicho da seda tem uma dieta herbívora, alimentando-se basicamente de folhas de amoreira fresca, aumentando quase que setenta vezes seu tamanho original e ocupando quatro vezes mais o espaço inicial. Depois de 5 semanas, quando a lagarta está no 5º estadio, ela para de se alimentar, inicia a fiação do casulo e se converte em pupa, mais tarde esta se transformará em uma mariposa, como representado no esquema do ciclo de vida na Figura 1.

 

         Figura 1. Esquema do ciclo biológico do bicho-da-seda e aumento do peso de  acordo com desenvolvimento.  Fonte: (Adaptado de Hanada & Watanabe, 1986, por Murari, 2000).

 

 O bicho-de-seda fia a seda ao redor do seu corpo desenvolvendo movimentos geométricos em formato de oito, até que todo o seu líquido seja usado . Depois de 3 dias de fiação, o casulo está completo. A lagarta converte-se em pupa, e se for mantida viva, transforma-se em mariposa em aproximadamente 10 a 12 dias, e o ciclo de vida termina com o rompimento do casulo e quebra do longo fio de seda em muitos fios curtos.

 

CASULO

O casulo do Bombyx mori é constituído principalmente de três componentes protéicos: a fibroína, a sericina e a P25. Outras proteínas constituintes do casulo de B. mori estão sendo descritas nesse momento. A fibroína é o principal componente do fio de seda, e a sericina é uma proteína que possui propriedades adesivas, fundamental para manter as fibras de fibroína unidas. A P25 é uma glicoproteína que tem um papel importante na manutenção da integridade do fio de seda.

 

GLÂNDULA SERICÍGENAS

 O mecanismo de formação do fio de seda nas glândulas sericígenas é único, e muito estudado. A glândula sericígena é dividida morfologicamente em três partes: posterior, mediana ou central, e anterior, ilustrada na Figura 2. A parte posterior ou região secretora sintetiza as moléculas de fibroína e a proteína P25, que formam o fio insolúvel. Na região mediana há secreção da sericina, que fornece ao fio uma camada aderente. A parte anterior é responsável em secretar um fio simples de seda pronto para a formação do casulo, nesta região encontra-se também a mucoidina, qe auxilia durante a passagem do fio de seda na glândula.

A fibroína se solidifica no momento que o fio sai, no entanto a camada de mucoidina permanece mole por um certo tempo, permitindo que a larva cole entre si as diferentes camadas de fio para tecer o casulo.         

                                                                   Figura 2. Glândula sericígena de B.mori em 5idade.

 

ANATOMIA EXTERNA

A larva do bicho da seda apresenta o corpo cilíndrico dividido em três segnentos: cabeça, tórax e abdome ver a figura 3, formado pelo conjunto de dez anéis ou segmnetos, nove abdominais e três toráxicos. Cada um desses segmentos é provido de um par de patas, sendo os três primeiros, situados no tórax, chamados verdadeiras patas e os quatros anéis e uma garra terminal pontiaguda, com 9° anel.  Estas últimas são chamadas falsas patas, porque não existem no inseto adulto e são usados para a locomoção.

                                                          

Figura 3. Anatomia externa do Bombyx mori.       

  

Todos os anéis, com exceção dos 2°, 3° e do último (12°) possuem pequenas aberturas laterais, os estigmas, que são as partes externas do aparelho respiratório.

A cabeça é de forma globular e de natureza quitinosa. É constituida dos seguintes apêndices: antenas, olhos e boca.

Olhos: também chamados de ocelos, formando um olho composto, são doze, sendo seis de cada lado.

Boca: Constituída de um lábio superior limitando a cavidade bucal, mandíbulas armadas de dentes, duas palpas maxilares, duas labiais e um lábio inferior que fecha ventralmente a abertura bucal onde é encontrada, em sua parte mediana, uma proeminência cônica denominada fieira por onde é lançada a secreção sérica (o fio de seda).

 

 ANATOMIA INTERNA

 Internamente a larva é constituída de aparelho digestivo; aparelho circulatório; aparelho respiratório;  sistema muscular; sistema nervoso 1 e 2 e orgãos de reprodução.